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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

"Natureza Cultural"


A organização “The Free World Charter” adverte a presença de ao menos dez situações inadmissíveis que aceitamos de maneira quase natural na nossa sociedade:

  1. Damos prioridade ao dinheiro e à economia acima de elementos básicos para a existência como a qualidade do ar, da água, do alimento e do meio ambiente.
  2. Fazemos parte de um sistema de mercado que atenta contra a vida de milhões de pessoas.
  3. Dividimos o mundo em seções geopolíticas de acordo a agendas questionáveis e depois combatemos por definir quem possui ditas porções do planeta.
  4. Criamos uma função identitária, a militar, que faculta a estas pessoas a possibilidade de assassinar legalmente a outros seres humanos.
  5. Torturamos e matamos milhões de animais com pretextos de alimentação, vestimenta e avanços científicos.
  6. Enviamos nossos filhos a escolas para que passem toda sua infância memorizando dados e desenvolvendo habilidades que talvez jamais utilizarão.
  7. Impomos aos pais uma pressão socioeconômica que termina por obrigar sua ausência durante a etapa de crescimento de seus filhos.
  8. Professamos centenas de religiões excludentes que tentam monopolizar a verdade absoluta das coisas. Meu Deus é melhor do que o seu!
  9. Privilegiam condutas nocivas, como a ambição ou a concorrência, por sobre outras como colaboração e a generosidade.
  10. Qualquer um que tenha uma boa ideia pode se prevenir que outros lhe tirem proveito com o argumento de manter os direitos de monetizá-la.
^º^

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Ideia do Dia

Portugal precisa de dois referendos:

Pergunta: Pretende sair da união Europeia? Sim/Não

Pergunta: Pretende tornar-se independente de todos os partidos políticos portugueses? Sim/Não


Uma vez que em ambos os referendos o "Não" certamente vencerá, todos nós ficaremos sem dúvida a ganhar com as promessas e contrapartidas que virão do facto de simplesmente afrontarmos as elites.

Hipocrisia!

^º^

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Um País de Canalhas

Pensar Portugal.
Nós somos um país de «elites», de indivíduos isolados que de repente se põem a ser gente.
Nós somos um país de «heróis» à Carlyle, de excepções, de singularidades, que têm tomado às costas o fardo da nossa história.
Nós não temos sequer núcleos de grandes homens. Temos só, de longe em longe, um original que se levanta sobre a canalhada e toma à sua conta os destinos do país.
A canalhada cobre-os de insultos e de escárnio, como é da sua condição de canalha. Mas depois de mortos, põe-os ao peito por jactância ou simplesmente ignora que tenham existido.
Nós não somos um país de vocações comuns, de consciência comum.
A que fomos tendo foi-nos dada por empréstimo dos grandes homens para a ocasião.
Os nossos populistas é que dizem que não. Mas foi.
A independência foi Afonso Henriques, mas sem patriotismo que ainda não existia.
Aljubarrota foi Nuno Álvares.
Os descobrimentos foi o Infante, mas porque o negócio era bom.
O Iluminismo foi Verney e alguns outros, para ser deles todos só Pombal.
O liberalismo foi Mouzinho e a França.
A reacção foi Salazar.
O comunismo é o Cunhal.
Quanto à sarrabulhada é que é uma data deles.
Entre os originais e a colectividade há o vazio.
O segredo da nossa História está em que o povo não existe. Mas existindo os outros por ele, a História vai-se fazendo mais ou menos a horas.
Mas quando ele existe pelos outros, é o caos e o sarrabulho.
 Não há por aí um original para servir?

Vergílio Ferreira, in 'Conta-Corrente 2'


^º^

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Refundação

Vivemos tempos em que a palavra "Refundação" faz cada vez mais sentido, é cada vez mais pronunciada - eu diria é cada vez mais necessária e fundamental.

A todos os níveis é preciso REFUNDAR.

Refundar a maneira como olhamos para o que nos rodeia.
Refundar a pretensão de impormos ideias.
Refundar a aceitação alienada de tudo o que nos impõem.
Refundar mentalidades.
Refundar a espécie e evolução humanas.

Cada vez mais me sinto um escravo.
Conseguimos acabar com um tipo de escravatura e criamos outro tipo porventura pior que o anterior.

Não sei o que fazer mas tenho a absoluta certeza que tenho que fazer alguma coisa!

Para já, apetece-me voltar a colocar em palavras escritas o que me vai na alma.

O pior que pode acontecer: não acontecer nada!

^º^

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A Minha Língua




"A língua é minha, o sotaque é seu."

- José Saramago -

Recuso-me a escrever de acordo com as regras do novo "Acordo" Ortográfico.

Chega de concessões.

Chega de escravidão demagógica.

Estou farto dos "senhores" letrados.

Quem são eles para decidir sobre a minha Língua?

Não lhes reconheço qualquer autoridade.

Não lhes reconheço qualquer competência.

Não lhes reconheço qualquer dignidade para tal.

Quanto tempo mais aguentamos adormecidos?

Por quanto tempo mais nos vamos acobardar?

^º^

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Make a Wish



Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.

Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,

Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.

Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.

Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga "Isso é meu",
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.

Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.

- Victor Hugo -

^º^

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

2012




Os meus votos sinceros que o Ano de 2012 traga a realização de todos os vossos sonhos!

^º^
 
 
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